A mielopatia cervical é uma condição neurológica causada pela compressão crônica da medula espinhal na região do pescoço (coluna cervical). Na maioria das vezes consite um estágio avançado da estenose cervical, no qual a neuropatia compressiva prolongada resulta em danos irreversíveis à medula espinhal. Esta patologia requer tratamento e intervenção médica precoces, pois pode levar a uma limitação de movimentos, equilíbrio e coordenação graves.
A mielopatia cervical se deve a fatores que levam à compressão persistente do canal medular, gerando lesão das fibras neurológicas. Entre elas se destacam:
●Estenose do Canal Medular: O estreitamento do canal vertebral reduz o espaço disponível para a medula.
●Traumas e Fraturas: Lesões traumáticas podem gerar fraturas, luxações e contusões, levando a danos medulares agudos.
●Doenças Autoimunes e Inflamatórias: Algumas condições, como artrite reumatoide e espondilite anquilosante, potencialmente levam a estenose cervical persistente e mielopatia.
●Tumores e Infecções: tumores primários ou metastáticos, bem como infecções (espondilodiscite) podem resultar em formações expansivas que comprimem a medula, gerando danos à mesma.
Os sintomas variam de acordo com a gravidade e progressão da compressão medular. Os mais comuns incluem:
O diagnóstico da mielopatia cervical envolve uma avaliação clínica detalhada seguida de exame físico minucioso. A complementação e confirmação vem por exames de imagem, como:
Diferente da grande maioria das patologias da coluna vertebral, o tratamento da mielopatia cervical é essencialmente cirúrgico. A doença cursa com dano medular e deterioração clínica progressiva, podendo ser contínua ou intermitente (períodos de estabilidade e períodos de piora – evolução em “degraus”).
O objetivo da cirurgia consiste na estabilização da doença, evitando sua progressão. Não necessariamente resultará em melhora neurológica.
O procedimento consiste na descompressão medular associada à artrodese (fixação/fusão) por via anterior (pela frente) ou posterior (por trás). As principais opções cirúrgicas são:
O prognóstico é altamente dependente do status neurológico do paciente no momento do diagnóstico e do tratamento cirúrgico. Como dito anteriormente, o objetivo primordial da intervenção é a estabilização e contenção da progressão dos déficits. No entanto, é possível haver melhora do quadro e reversão dos mesmos, especialmente se o diagnóstico e tratamento forem precoces.
Em suma, trata-se de um quadro grave e com potenciais sequelas. Se você apresenta sintomas como perda de equilíbrio, alterações da marcha, perda de força e formigamento em membros ou alterações de coordenação motora e movimentos finos, é importante buscar prontamente o atendimento médico. Como descrito acima, o diagnóstico e tratamento precoces são os principais fatores para definição de um melhor prognóstico. Agende sua consulta e faça sua avaliação e acompanhamento com um especialista em coluna.
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